4h30am: a sleepless night, a trail in the dark and the greatest gift Mother Nature could give us. That was our day with Grazie and Paulo.
When we first talked about what their CaYa would be like, it was all just a rough idea. We had to work on it, refine, rethink, rebuild, until we found the one place that meant something to them both: Pedra Bonita. According to Grazie, Pedra Bonita came into their lives when she moved to Portugal. Paulo had to stay in Brazil , while she worked for over a year here. A 1 year relationship so strong that not even an entire ocean could separate. Paulinho went to Portugal whenever he could, the two spoke via Skype, messages, smoke signals, telepathy, in direct connection with God. And in the meantime, Paulinho was taken to a trail at Pedra Bonita. Bam! The impact was so strong that he had to come back there, and again, and again, and again.
On the other side, in our motherland, Grazie had a bittersweet feeling: 'why did he discover this place only after I left ?!' And a promise: ‘first thing I'll do when I'm back in Brazil is taking this trail and climbing this peak with him’. And so she did. And they never stopped. In that place, so close to the sky, you could see the world from inside out, beginning with yourself. That was the experience they wanted to keep for them, that was the feeling.
We knew we wanted to see the sun rise, all together. Until that day came, we had already made so many plans, built so many good moments, that we wanted to give those two a shining bright sun as a gift. Grazie had her mother's wedding dress, sewn by her grandmother. Intact, frozen in time as if it were yesterday and not 30 years ago her mother used it. Paulinho carried his camping tent, his ukulele, a bunch of accessories and the most important one: his mate. And there we went, after a sleepless night, super anxious, on a dark trail (and we mean: pitch black), towards what we thought would be a panoramic Rio de Janeiro scenario.
There is a rule that every photographer should know well: do not create expectations. We had such a fixed idea of what we were going to find, that the thud of what we saw was too strong. The universe played a trick on us and, as if in a joke, a dramatic turn of events, it managed to transform what was a predictable scenario, into an out of this world live painting.
The mists of Pedra Bonita.
A lot of fog surrounded us when we finally reached the top. A thick layer of clouds covered Rio de Janeiro, you just couldn't see the end of it. There was no end of it. It seemed as if the whole world was asleep under that huge white blanket. Above us, the sky painted in shades of red, yellow and blue. We had entered a dream. Everyone's breathing was weak, dew drops on the tips of our eyelashes, sprinkling our hairs. Paulinho fell on his knees and started praying, Grazie opened her arms and thanked, and we felt a deep urge to cry. Maybe we did. We would later discover that what we witnessed was a very rare thing to see, an unusual weather phenomenon. We were, in fact, blessed by Mother Nature.
Any words that could describe what we went through together would always be insufficient. Not even our cameras were able to translate what was going on in our hearts. But we tried. And now we can share this dream with you.
Grazie + Paula and The Mists of Pedra Bonita.
4h30 da manhã: uma noite sem dormir, uma trilha às escuras e o maior presente que a mãe natureza poderia nos dar. Assim foi nosso dia com a Grazie e o Paulinho.
Quando falamos pela primeira vez de como seria o ensaio deles, tudo não passava de um rascunho de ideia. Fomos refinando, refinando, refinando, até chegar em um denominador comum importante pros dois: a Pedra Bonita. Segundo a Grazie, a Pedra Bonita só entrou na vida dos dois quando ela se mudou pra Portugal. O Paulo ficou trabalhando aqui, enquanto ela trabalhava lá. 1 ano de um relacionamento tão forte que nem um oceano inteiro conseguiu fazer apagar. Paulinho ia pra la sempre que podia, os dois se falavam por Skype, mensagem, telepatia, conexão direta com Deus. E nesse meio tempo, o Paulinho foi levado a uma trilha na Pedra Bonita. Bam! O impacto foi tão forte que ele voltava, e voltava, e voltava.
Lá do outro lado, na terra mãe, Grazie tinha um sentimento meio bittersweet: ‘ué, mas ele foi descobrir esse lugar só depois que eu fui embora?!’. E uma promessa: ‘primeira coisa que vou fazer quando voltar pro Brasil é pegar essa trilha e subir nesse pico com ele’. E foi. E não parou mais. Lá, pertinho do céu, dá pra ver o mundo de dentro pra fora, começando por si. Era essa a experiência que eles queriam guardar pra eles, era esse o sentimento.
Sabíamos que queríamos ver o sol nascer, todos juntos. Até esse dia chegar, já tínhamos feito tantos planos, construído tantos momentos bons, que queríamos dar de presente aquele sol brilhante pra esses dois. A Grazie tinha com ela o vestido de casamento de sua mãe, costurado pela sua avó. Ali, intacto, congelado no tempo como se fosse ontem e não 30 anos atrás. O Paulinho carregava sua barraca de camping, seu ukulele, mil e um acessórios e o mais importante: seu chimarrão. E lá fomos nós, virados, vidrados e ansiosos, numa trilha às escuras, rumo ao que a gente achava que seria o cenário de um Rio de Janeiro às alturas.
Existe uma regra que todo fotógrafo deve conhecer bem: não crie expectativas. Nós tínhamos uma ideia tão fixa do que iríamos encontrar, que o baque do que a gente viu foi forte demais. O universo pregou uma peça e, como que numa brincadeira, um dramatic turn of events, ele conseguiu transformar o que era um cenário previsível, em algum completamente fora desse mundo.
As brumas da Pedra Bonita.
Muita névoa separava nosso campo de visão quando finalmente chegamos ao topo. Uma camada de nuvens espessa cobria o Rio de Janeiro. Não tinha fim, não dava pra ver o fim, parecia que o mundo inteiro estava adormecido embaixo desse cobertor imenso. Acima de nós, o céu pintado em tons de vermelho, amarelo e azul. Havíamos entrado num sonho. A respiração de todos era fraca, Paulinho ajoelhou e rezou, Grazie abriu os braços e agradeceu e nós sentimos uma profunda vontade de chorar. Talvez tenhamos. Mais tarde viríamos a descobrir que o que presenciamos é algo muito raro de se ver, um fenômeno climático incomum. Fomos, de fato, abençoados pela mãe natureza.
Quaisquer palavras que descrevam o que passamos juntos serão, sempre, insuficientes. Nem nossas câmeras conseguiram traduzir o que estava passando em nossos corações. Mas tentamos. E agora compartilhamos desse sonho com vocês.
Grazie + Paula e As Brumas da Pedra Bonita.
